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Boaideiros
Boaideiros

 

 

Linha dos Boiadeiros na Umbanda

 

O corpo começa a estremecer, o coração começa a bater mais forte, ouçam o berrante tocando, ôooooo boi…Vem boiadeiro, laçar todo mal que rodeia esses médiuns.

Junto com o boiadeiro vem a coragem, a determinação, a força, a sabedoria, a serenidade e a alegria que tomam conta do mental e emocional do médium.

O plano inferior estremece com a chegada de um boiadeiro, pois nenhum escapa do seu laço, que rapidamente envolve todo ser negativo que pertuba o médium e o terreiro.

O boiadeio tem como amparo Ogum e Oya seus orixás protetores, ele encaminha todo ser inferior para o domínio da Lei, onde serão redirecionados, tendo a oportunidade de evolução.

Eles são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão. São boiadeiros, vaqueiros, caboclos boiadeiros, laçadores, peões, tocadores de viola e etc.

Trazem um conhecimento gigantesco da prática magia da terra e da natureza.

De modo geral os boiadeiros usam chapéus de couro com abas largas, calças com barras arregaçadas, o chicote e o laço que são suas “armas espirituais”, e com eles vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e os consulentes. A corda é usada para “laçar boi brabo”, para “pegar aquele que se afasta da boiada”, ou para “derrubar o boi para abate”.

Dentro do campo mediunico os boiadeios fortalecem o médium, abrindo a porteira para a entrada dos outros guias e tornando-se randes protetores, como os Exús. Os boiadeios representam a liberdade e a determinação, sempre de maneira simples mas com uma força e uma fé gigantescas.

 

Saudação: Jetuá Boiadeiro

Velas: vermelha, azul escuro ou marrom

Flores: flores do campo / palmas / cravo

Comidas e Bebidas: todas frutas, conhaque, licores, água ardente, vinho seco, feijoada, arroz carreteiro, bolos, feijão de corda, etc.

 

Salve todos os Boiadeiros.

Jetuá Boiadeiro

Texto: Elaine V. Neves